O Vento

I

O vento é um elemento difícil de avaliar, todos temem sua força, é útil pra respirar. Foi batizado, tem nome, nunca foi obra de homem, de mão não podem pegar, se quer saber de onde vem, vai gastar tudo o que tem  e nunca vai encontrar.

II

Sentimos refrigerados nos momentos de calor, balançando o arvoredo, se é forte nos faz medo mas retrata o Criador, a quem merece respeito por fazer tudo bem feito, e tudo fez com amor

III

O vento tem procedência, mas não tem simbologia, tem beleza natural seja à noite ou de dia, não posso dizer a cor pois na hora em que passou foi muito rápido eu não via. Se quer mais informação não me faça indagação, vá lá à casa da tia...

IV

No Brasil chamamos Vento, nas Américas, Furacão, certas coisas eu não aguento, isso é uma aberração. Quem despreza a natureza está negando a riqueza do Dono da Criação, quem nunca se arrepender, por certo, quando morrer, não terá o seu perdão.

V

Vento vai vento vem, e a vida continua, às vezes domina a chuva com toda a prudência sua. Faz poeira, incomoda, vai em direção da rua, não se mistura com nada, o mundo é sua morada, não sei se alcança a lua.

VI

Não se chama só de Vento, vamos chamar de irmão, São Francisco já dizia com toda a dedicação, Aquele que o criou sabia do seu valor, também da sua função. Se ele o povo padece, nem mesmo as plantas crescem, a vida perde a razão.

VII

Os profetas do passado, na sua luta avante, depois te ter caminhado por colinas verdejantes, Deus se fez presente a eles, pela brisa refrescante, mostrando assim que no vento e nos demais elementos, sua presença é constante. Pra que no mundo de agora renasça a cada hora o profeta viajante.

VIII

Para quem é contra o Vento, só tem uma solução, mergulhe dentro de um rio, e fique lá um tampão, se resistir uma hora, para ganhar um milhão, do contrário  você cala e nunca mais você fala com tanta conspiração. Você não vive sem vento, você não fica um momento sem o sopro deste irmão.

Autor – Artur Filho – Pituba, G.O.-Ba – 04/2011